Nuna
Da rebeldia juvenil à maturidade sonora, a trajetória da Nuna é um pura reinvenção. Antes conhecida como Sem Meia, a banda paulistana decidiu deixar o antigo nome para trás não por vaidade, mas por coerência artística. A mudança simboliza uma virada de página e o início de uma fase mais sólida e consciente, refletida em uma discografia que passeia entre o pop punk, o rock alternativo e o power pop, com letras que equilibram ironia, emoção e aquela honestidade brutal típica de quem transforma desabafos em refrão.
Formada por Manu Fair (vocais), Sullivan (bateria), Nicko Faroli (baixo) e Marcelo Ferrara (guitarra), a Nuna vem consolidando seu espaço na nova cena pop rock brasileira com uma sonoridade que homenageia os anos 2000 sem perder o frescor contemporâneo. Desde os tempos de Sem Meia, o grupo já demonstrava uma habilidade única em unir intensidade e melodia, característica que evoluiu em lançamentos marcantes como “Agridoce”, “A Vida Tem Jeito” e o EP Sem Meia, que trouxe versões acústicas e originais em um formato intimista e emocional.
Mas foi com “Faz um Favor” (2025) que a Nuna deu o passo decisivo rumo à consolidação nacional. Produzida por Tadeu Patolla, lendário produtor do Charlie Brown Jr., a faixa é um grito libertador contra relações tóxicas e, ao mesmo tempo, uma aula de como o sarcasmo pode rimar perfeitamente com guitarras afiadas. O single ganhou destaque em veículos de imprensa e marcou o reencontro da banda com sua essência punk, agora com uma roupagem mais madura e consciente.
Na sequência, vieram faixas como “Velha Jaqueta” e o novo single “Outro Lugar” (2025), que reforçam a fase atual da Nuna: um som mais pulsante, lírico e visualmente ousado. O clipe de “Outro Lugar”, lançado no YouTube, revela o espírito da banda, intenso, divertido e cheio de camadas, ao narrar a busca por recomeços e transformações.
Além dos lançamentos autorais, o projeto "Nu Sessions" mostra a versatilidade do grupo em releituras de clássicos como “Pieces of Me” (Ashlee Simpson), “Natasha” (Capital Inicial) e “You Shook Me All Night Long” (AC/DC), entre outras, conectando gerações com humor e autenticidade.
Com letras afiadas, refrões explosivos e uma identidade cada vez mais nítida, a Nuna prova que o emo e o pop punk brasileiros estão mais vivos do que nunca e que mudar de nome, às vezes, é só o primeiro passo pra encontrar outro lugar.

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