Sandrera: uma trajetória poética com alma folk-rock
- Dissonante

- 21 de ago.
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Atualizado: 28 de ago.
Por Dissonante, 22/08/2025 às 10:40

Nesta edição inaugural e especial da Revista Dissonância, escolhemos celebrar um artista que há mais de 25 anos trilha sua jornada com sensibilidade, autenticidade e forte identidade poética: o cantor e compositor capixaba Sandrera. Sua arte, considerada “palavra cantada”, une literatura, reflexões íntimas e sonoridade folk-rock num mosaico musical singular e derradeiro.
O prêmio que consagra: PPM 2025 na categoria Criação – Região Sudeste
Sandrera foi agraciado com o Prêmio Profissionais da Música (PPM) 2025, na categoria Criação – Região Sudeste, em Brasília, no dia 28 de junho. A vitória, inédita em sua carreira, ocorreu já na primeira indicação e representou muito mais que um troféu — foi "a validação de um caminho autoral que venho trilhando com verdade", conforme ele mesmo declarou em entrevista.
O álbum contemplado, Quase Hippie, é seu segundo disco autoral, lançado de maneira independente, e carrega referências à contracultura, à psicodelia e ao espírito livre da geração flower-power. São oito canções que misturam inéditas e já conhecidas, transitando entre temas de nostalgia, busca e liberdade.
As políticas culturais de Vila Velha foram fundamentais para este reconhecimento. Diversos projetos de Sandrera foram viabilizados por editais, como o álbum premiado, o livro Amorança, o álbum recém-lançado Estrada, Vã, Poesia e o videoclipe de “Pássaro Negro”, viabilizado pela Lei Paulo Gustavo.
“Estrada, Vã, Poesia”: um retrato poético da estrada e da vida
Em 7 de fevereiro de 2025, Sandrera lançou Estrada, Vã, Poesia, seu terceiro álbum autoral, disponível nas principais plataformas digitais. Composto por oito faixas, o disco reflete sua trajetória, enraizada no folk-rock, estilo que abraçou desde o início da carreira, há cerca de 25 anos, em Vila Velha.
Destaque para “Querida Kika”, uma adaptação musical feita a partir de uma carta do icônico Raul Seixas à sua ex-esposa, emociona com sua nostalgia e arrependimento — palavras que carregam reconciliação e saudade.
O álbum perpassa temas universais e poéticos: amor, saudade, desilusão e esperança. Músicas como “Esmola” (sobre a sensibilidade não valorizada), “Nossa Festa” (a passagem do tempo, erros e acertos) e “Feito Criança” (a busca pela simplicidade da infância) destacam-se na obra. As texturas sonoras combinam steel guitar, violino, gaita, flauta e guitarra, criando uma ambiência folk-rock rica, vibrante e autoral.
A faixa “Rock in Roll Mainha”, parceria com Landau (irmão de Rogério Flausino, do Jota Quest), traz uma mistura de rock’n’roll e sertanejo típica do agrocore, com humor e brasilidade.
Um lançamento e uma edição inaugural marcados pela autenticidade
Esta primeira edição da Revista Dissonância honra um artista que, com perseverança e originalidade, constrói uma obra literária em forma musical. Sandrera, mais que um músico, é um poeta que ecoa sonhos, desafios, memórias e afetos em cada acorde.
O Estrada, Vã, Poesia chega como um capítulo profundo e sensível em sua discografia, especialmente após o reconhecimento nacional pelo PPM. Sua música nos convida a uma viagem interior, por estradas aparentemente vãs, mas ricas em poesia e ancestralidade.
Recebemos esta edição especial como um tributo à força da criação independente e a Sandrera como inspiração para todos que seguem o seu caminho com arte, verdade e coração.
E para completar esta celebração, a Revista Dissonância convida você a assistir à entrevista exclusiva de Sandrera concedida à nossa equipe. Em uma conversa leve, emocionante e cheia de revelações, o cantor compartilha detalhes sobre sua trajetória, inspirações e o processo criativo por trás de Estrada, Vã, Poesia e Quase Hippie. A condução fica por conta da carismática América Soul, que, com sua sensibilidade e espontaneidade, proporciona um encontro imperdível entre artista e público.
Conheça a página bio-discográfica do Sandrera. clique aqui

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