A cantora Sonja, do Rio de Janeiro, é um dos nomes em ascensão no cenário do blues e do soul no Brasil. Cantando desde a infância, participou de musicais e do X-Factor Brasil, até decidir mergulhar no universo do blues em 2014. No ano seguinte, fundou a Caravana Cigana do Blues, projeto que circulou por festivais e casas lendárias, consolidando sua presença nos palcos.

Desde os seis anos de idade, Sonja já tomava banho e de repente era chamada para “vambora” à aula de canto. Foi sua mãe quem, com gentileza e firmeza, acendeu esse primeiro palco. E ali começou não só uma voz, mas uma artista.

Com raízes que se entrelaçam entre o blues, o soul, o rock’n’roll e a MPB, Sonja inicia sua carreira profissional no universo do blues em 2014. No ano seguinte, cofundou a banda Caravana Cigana do Blues, um coletivo itinerante que tinha como missão abrir o blues para novos públicos e lugares. Essa experiência foi decisiva para moldar sua sonoridade, consolidar sua presença ao vivo e preparar o terreno para os discos autorais.

Discografia essencial

Sonja (2019) – Primeiro álbum autoral de Sonja. Um registro de sua voz, de suas influências, Etta James, Janis Joplin, Gal Costa, e de sua entrada definitiva como compositora.

Rainha de Copas (2023) – Álbum concebido a partir de uma tiragem de tarô: cada música é uma carta, cada carta uma fase de vida. “O álbum reflete esse momento de reencontro comigo mesma”, diz Sonja.

O álbum Rainha de Copas também marca uma virada pessoal: após anos de luta com o vício em álcool e outras drogas, Sonja assume que “superar” não é a palavra certa: “todos os dias eu luto para que ele não me vença”. Para ela, a música foi terapia, reconstrução e redenção. “Transformar o caos em algo belo, sem romantizar,” ela diz.

Mulher, artista, LGBTQIA+ e portadora de uma voz que não pede licença, Sonja celebra o orgulho de existir. “Ser quem você é… dar a mão, beijar quem você quiser já é uma luta pela liberdade.” afirma ela. E esse desejo de liberdade transborda para o espetáculo, para a banda que, em dez anos de parceria, tornou-se família, e para as canções que não se calam.

Hoje, a discografia de Sonja está abrindo espaços para o blues, para a MPB, para a espiritualidade, para o amor livre e convida o ouvinte a embarcar nessa caravana de som, alma e transformação.