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Entrevistar Augusto Licks: Uma Jornada Emocional que Me Transformou Como Artista e Jornalista

Atualizado: 6 de set.

Por América Soul, 05/09/2025 às 19:20


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Olá, queridos leitores da Revista Dissonância! Eu sou América Soul, e hoje eu quero compartilhar com vocês uma experiência que mexeu profundamente com o meu coração e com a minha alma. Como cantora independente, sempre admirei os ícones do rock brasileiro que pavimentaram caminhos alternativos, e Augusto Licks é um deles, um verdadeiro ídolo da minha juventude musical. Quando recebi a oportunidade de entrevistá-lo, senti um misto de euforia e nervosismo que me transportou de volta aos meus primeiros shows, daqueles em que você sobe no palco com as pernas tremendo, mas o coração cheio de paixão. Foi como se eu estivesse conversando com uma parte viva da história da música que moldou gerações, incluindo a minha.


Entrevistar Augusto Licks, ex-guitarrista dos Engenheiros do Hawaii, foi uma experiência marcante. Como cantora independente, sempre admirei sua trajetória, e conversar com ele me mostrou como sua capacidade de se reinventar diante de desafios é uma inspiração. Dos palcos às redações, Licks transformou obstáculos em oportunidades, algo que ressoa com qualquer artista que busca seu espaço.


Fiquei especialmente interessada quando ele falou sobre seus primeiros passos no jornalismo, trabalhando como repórter, redator e editor de esportes em uma rádio de Porto Alegre. Esse ambiente o aproximou dos estúdios, um sonho na época, e me motivou bastante, já que estou começando minha própria jornada jornalística na Dissonância. Saber que ele conciliou música e comunicação me dá confiança para explorar esses caminhos.


Durante a entrevista, mergulhamos em comparações sobre seu processo criativo, e foi fascinante ouvi-lo refletir sobre as fases com Nei Lisboa e os Engenheiros do Hawaii em contraste com o agora. Ele descreveu como, olhando pelo retrovisor do tempo, aquelas épocas se aproximam: parcerias que começavam com instrumentais que ele compunha para Nei colocar letras, como em "Pra Viajar no Cosmos Não Precisa Gasolina" ou "Carecas da Jamaica", e depois o inverso com Humberto Gessinger, onde recebia letras datilografadas para musicar. Hoje, com parcerias mais recentes como com Edu Prestes ou Luiz Fernando Pissuto, ele mantém o mistério do processo, evitando racionalizá-lo para que o encanto não se esgote. Para mim, isso é puro ouro: como artista independente, eu vivo essa dança entre o subjetivo e o explícito, e ver Licks preservar essa ingenuidade criativa me inspira a não forçar fórmulas, mas deixar que a vida gere resultados imprevisíveis.


Falamos também sobre sua saída dos Engenheiros em 1993, um momento impactante para os fãs, e ele a encara hoje como "águas passadas, um lago límpido". A reconciliação com Carlos Maltz, que ele chama de quase uma façanha, trouxe leveza e gratificação, especialmente nos shows atuais onde devolvem aos fãs algo que lhes foi tirado. Isso me tocou profundamente, porque mostra que feridas antigas podem cicatrizar, e a música tem esse poder de unir.


Perguntei o que é mais gratificante: revisitar o legado dos Engenheiros ou criar novo. Ele reconhece o impacto midiático da banda nos anos 80 e 90, mas enfatiza que projetos menos expostos, como a trilha para o filme norte-americano "Queen of Knives" ou duos como "Licks Blues" com o irmão e "Tranz It" com Edu Prestes, têm igual importância pelo aprendizado. Durante a pandemia, ele idealizou um trabalho individual com releituras e novas gravações, como "Foi Só Uma Vez" do projeto "A Banda Que Nunca Existiu". E vem mais por aí! Isso me motiva como cantora independente: nem tudo precisa ser "perfeito" ou de grande alcance; o valor está no processo.


Por fim, conversamos sobre os shows com Maltz e a banda Engenheiros Sem Crea, uma história linda que começa com tributos mantendo a chama acesa durante anos sem a banda original. Sandro Trindade os convidou, e o que era para ser poucas músicas virou shows de duas horas. A tentativa de reunião GLM em 2024 culminou no show de 21 de abril no Bar Opinião, em Porto Alegre, com fãs de todo o Brasil formando caravanas. A emoção transbordou: ensaios mínimos resgataram a essência, e o pós-show trouxe relatos e desabafos que fizeram chorar. Agora, convites chovem para levar isso a outras cidades. Ouvir isso me encheu de esperança; é prova de que o legado perdura, e para artistas como eu, reforça que conexões autênticas com o público valem mais que qualquer holofote.


Entrevistar Augusto Licks não foi só uma conversa; foi uma lição de vida. Ele me inspirou a abraçar meus obstáculos como oportunidades de reinvenção, seja na música ou no jornalismo. Obrigada, Augusto, por compartilhar seu mistério criativo e sua humanidade. E a vocês, leitores, assistam à entrevista completa no nosso canal no YouTube, garanto que vai tocar vocês também! Com amor e dissonância, América Soul.


Confiram a entrevista completa no canal da Dissonância no YouTube!



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