Por que você precisa de uma distribuidora para lançar sua música?
- Fábio Drummond

- 22 de ago.
- 3 min de leitura
Por Fábio Drummond, 22/08/2023 às 11:30

Apesar da crescente popularidade das plataformas de streaming como Spotify, Deezer, Apple Music e Amazon Music, artistas independentes não podem simplesmente enviar sua música diretamente para elas – é necessário um intermediário: as distribuidoras.
Como funciona o processo?
Envio e metadados: O artista envia as faixas (em formato WAV ou similar), capinha, título das faixas, data de lançamento, colaboradores, ISRCs, etc.
Distribuição para plataformas: A distribuidora encaminha o conteúdo às plataformas digitais (Spotify, Deezer, Apple Music, etc.)
Recebimento de royalties: Outra função-chave é recolher os royalties gerados e repassá-los ao artista. Algumas distribuidoras cobram comissão, outras permitem que o artista mantenha 100%.
Serviços adicionais (opcionais): Muitas oferecem ferramentas de marketing, métricas, divisão de royalties entre colaboradores, pré-saves, pitching para playlists etc.
Distribuidoras conhecidas (e algumas alternativas independentes)
Marcas mais usadas
ONErpm: criada em 2010, oferece distribuição, editoras e serviços de label para artistas já estabelecidos. Em 2023 lançou o OFFstep, voltado a artistas em início de carreira, com taxa fixa e sem royalties retidos (o artista retém 85% dos ganhos).
Outras distribuidoras independentes relevantes
RouteNote: empresa britânica criada em 2007, oferece distribuição gratuita (com 15% de royalties retidos) ou paga (com 100% para o artista). Também disponibiliza analytics, marketing e administração editorial.
Symphonic Distribution: dos EUA, fundada em 2006, atende artistas e selos independentes em todo o mundo. Diversas funcionalidades, como gestão de catálogos, SplitPay e analytics.
EmuBands: com sede na Escócia (desde 2005), oferece distribuição mediante taxa única, com serviços como pitching para playlists, divisão automática de royalties, chat ao vivo, pré-save e até masterização instantânea.
GYROstream: australiano, fundado em 2018, oferece distribuição e suporte completo ao indie — desde marketing digital até playlist rádio e social media. Ajuda artistas a se destacarem no streaming.
Outros serviços frequentemente citados
Segundo blogs especializados, vale considerar também:
Ditto Music, Record Union, SpinnUp, AWAL, United Masters, Amuse, e plataformas emergentes como IndieMassive, Anti-Joy e Unchained Music.
Destaques e experiências de artistas
Amuse: oferece planos gratuitos e premium. Usuários realçam o atendimento rápido e a opção “Fast Forward”, que libera ganhos antecipadamente.
Experiência com LANDR:
Permite pagamento por lançamento ou planos ilimitados. Não retém royalties (artista fica com 100%). Também conta com masterização por IA, sample packs e plugins.
Contudo, há registro de rejeições de lançamentos considerados “genéricos” (como nature sounds, meditação etc.).
Migração entre distribuidoras: possível, preservando os ISRCs e dados e depois removendo a versão antiga para manter histórico de streams
Em resumo, lançar uma música nas plataformas digitais não é um processo automático para artistas independentes. É essencial contar com uma distribuidora, que funciona como ponte oficial entre criadores e os serviços de streaming. Além de enviar e monetizar sua música, muitas distribuidoras oferecem ferramentas para planejar, promover e administrar seu lançamento com eficácia. Desde opções consolidadas como CD Baby e ONErpm até alternativas independentes como RouteNote, GYROstream e EmuBands, há um leque de escolhas — cada uma com suas vantagens em custo, serviços e suporte. A decisão ideal dependerá do seu orçamento, da sua necessidade de serviços extras (como marketing ou analytics) e do que você pretende alcançar com sua música.

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